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Idealizar o parceiro pode acabar sendo um grande erro

Quando idealizamos o nosso parceiro, estamos na verdade idealizando a nossa própria felicidade. Estamos criando uma imagem perfeita de alguém que, na realidade, não existe. Idealizar o parceiro é uma forma de evitar enfrentar a nossa própria realidade e os nossos próprios problemas. Afinal, se tudo for perfeito com o nosso parceiro, então tudo será perfeito na nossa vida. Neste artigo, vamos explorar as consequências da idealização do parceiro. Vamos ver como ela afeta a relação e como podemos lidar com isso.


O que é idealização?


Idealização é um conceito que inclui inferências, ideias do homem sobre como ser na realidade. Enquanto objetos existentes, pessoas são dotadas de propriedades, qualidades e características mais perfeitas do que são na realidade. A idealização pressupõe uma comparação entre a realidade e o que poderia ser, levando à crença de que algo ou alguém é inferior ao seu potencial.


A idealização pode surgir em diversas situações: quando procuramos um parceiro amoroso e vemos nas outras pessoas apenas as qualidades que desejamos; quando pensamos em nós mesmos e tendemos a exagerar nossas virtudes; nas relações familiares, onde os membros da família idealizam uns aos outros; nas amizades, onde tendemos a ver nosso amigo como uma versão perfeita de nós mesmos; no trabalho, onde buscamos uma posição perfeita e acabamos por ignorar suas limitações; na política, onde idolatramos líderes e figuras públicas; etc.


A idealização é um processo normal em todas as esferas da vida humana, mas ela também pode ter consequências negativas. Quando exageramos as qualidades das outras pessoas, podemos acabar sendo decepcionados quando elas revelarem seus defeitos. Além disso, a idealização constante leva à infelicidade, pois estamos sempre comparando o mundo às nossas expectativas irrealistas.


Idealização em psicologia


A idealização e a depreciação são dois fenômenos que estão intimamente relacionados na psicologia. A psicanálise, por exemplo, considera a idealização como um mecanismo de proteção, no qual os outros são apresentados como seres mais ideais e perfeitos. Por outro lado, a depreciação é um processo pelo qual uma pessoa diminui o valor de si mesma ou de outra coisa. Esses dois fenômenos estão inter-relacionados porque a idealização pode levar à depreciação, e vice-versa. O mecanismo começa na infância, quando as crianças percebem seus pais como gigantes, super-humanos. Na idade adulta, uma pessoa que idealiza as pessoas cai na dependência dos relacionamentos, das opiniões alheias. A necessidade de aprovação e permissão social é um fator importante nessa dinâmica. A pessoa que idealiza os outros tem medo do julgamento e da rejeição, o que a impede de ser autêntica e verdadeira consigo mesma. Vive em função do que os outros pensam ou dizem, o que gera sofrimento e angústia. No entanto, a idealização também pode ser um problema, pois leva às expectativas irreais e à decepção quando essas expectativas não são cumpridas. Algumas pessoas são mais propensas a idealizar do que outras, mas todos podemos cair nessa armadilha em determinadas situações. A chave para evitar problemas decorrentes da idealização é reconhecer os nossos próprios limites e aceitar as outras pessoas como elas realmente são, imperfeições incluídas.


O que acontece quando você idealiza seu parceiro?


Você pode começar a ver o seu parceiro como alguém perfeito. Você imagina que eles vão atender a todas as suas necessidades e desejos, sem nunca falhar. É fácil idealizar um relacionamento quando você só está focado nas coisas boas. No entanto, à medida que o tempo passa, você pode começar a ver os defeitos de seu parceiro. Eles podem não ser tão perfeitos quanto você pensava. Você pode perceber que eles não são capazes de satisfazer todas as suas necessidades. Isso pode levar à frustração e à decepção. O que pode acontecer se você idealizar seu parceiro ou parceira?


1) Sua autoestima ficará péssima: As pessoas que idealizam parceiros acabam ficando com auto estima baixa. Isso porque elas criam uma imagem perfeita de alguém que não existe e, quando se deparam com a realidade, se sentem frustradas. Acabam colocando toda a responsabilidade da felicidade nas mãos do outro e esperando que ele ou ela faça tudo o que é preciso para mantê-las contentes. Essa expectativa irrealista geralmente resulta em decepção e, consequentemente, um sentimento de inferioridade.


2) As pessoas que idealizam seus parceiros acabam se tornando dependentes das outras pessoas. Elas esperam que o outro preencha todas as suas necessidades e expectativas, e quando isso não acontece, ficam muito decepcionadas. Essa dependência afeta negativamente a relação, pois cria um sentimento de insegurança e ansiedade nas duas pessoas.


3) As pessoas tendem a fixar-se em um único ponto de vista e ignorar todas as outras perspectivas quando pensam de forma dicotômica. No entanto, é importante considerar todas as perspectivas antes de tomar uma decisão. Uma pensamento dicotômico é uma forma de pensar que divide as coisas em dois grupos opostos. Por exemplo, você pode pensar que as pessoas são boas ou más, ou que você é inteligente ou estúpido. Esta forma de pensar pode limitar suas experiências e impedir que você veja as coisas de outras perspectivas.


Como se livrar da idealização?


A vida é cheia de surpresas e, às vezes, ela mostra que os ideais são inatingíveis. É importante entender que as coisas reais são muito mais coloridas e interessantes do que aquelas que inventamos. A vida não se encaixa em uma caixinha, ela é complexa e rica de detalhes. Quando abraçamos essa realidade, podemos nos sentir mais vivos e plenos.

Não existem dicas específicas de como parar de idealizar uma pessoa. Cada um lidará com isso de forma diferente, e o que funciona para um, pode não funcionar para outra pessoa. No entanto, há algumas recomendações gerais que podem ajudá-lo a se livrar das suas idealizações:


Primeiro, tente fazer uma lista dos motivos pelos quais você está idealizando essa pessoa em particular. Isso lhe dará uma perspectiva mais clara sobre o assunto e talvez até mesmo mostre que não há tanta razão para isso quanto você pensava. Em seguida, lembre-se de que as pessoas são apenas humanas e, portanto, imperfeitas. Ninguém é perfeito e todos cometem erros – incluindo aqueles que você está idealizando. Aceitar isso fará com que fique mais fácil ver os defeitos daquela pessoa e consequentemente parar de idealizá-la.

Por último, mas não menos importante, concentre-se nas suas próprias qualidades e naqueles aspectos da sua vida em que você se sente bem consigo mesmo. Afinal, ninguém é perfeito – nem mesmo você! – E passar tempo focado em si mesmo lhe permitirá ver as coisas sob outra perspectiva e curtir a sua própria companhia por um tempo.


Conclusão:


É bastante comum que as pessoas idealizem outras, criando uma imagem perfeita de quem elas pensam ser. No entanto, isso geralmente traz um grande sofrimento para o psicológico. Uma vez que a realidade é diferente daquilo que foi idealizado, a pessoa pode se sentir profundamente decepcionada e magoada. É importante lembrar que ninguém é perfeito e todos temos defeitos. Enfrentar a realidade de que alguém não é quem pensávamos ser pode ser doloroso, mas geralmente é melhor do que ficar insistindo na ilusão de uma perfeição inatingível. Dessa forma, podemos evitar muito sofrimento futuro.


Flora e Celso


Você tem o costume de idealizar pessoas? Se você está constantemente se sentindo decepcionada com o outro por não conseguir enxergar quem essa pessoa é, talvez seja hora de reconsiderar suas atitudes. O idealizar constantemente uma pessoa leva à frustração, já que a realidade nunca será tão perfeita quanto a imaginação. Ao invés de se iludir, tente fazer terapia para lidar com esse problema. A terapia pode lhe ajudar a compreender suas emoções e os motivos pelos quais tende a idealizar as pessoas, além de te auxiliar na construção de relacionamentos mais saudáveis. Caso esteja interessada em iniciar um processo terapêutico, entre em contato nosso watsapp abaixo e agende sua sessão.








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©2022 por Flora Dominguez

e Celso Araújo

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