"Mulheres que Correm com os Lobos": um guia para as mulheres modernas.
- Flora Dominguez
- 10 de dez. de 2022
- 14 min de leitura
Atualizado: 11 de dez. de 2022
Desde a antiguidade, os lobos têm sido associados às mulheres. Na mitologia grega, a deusa Loba Romana, Rúbea, era protetora das mulheres e das crianças. Os romanos também tinham uma lenda sobre uma mulher chamada Lupa que criou e educou dois meninos chamados Romulus e Remus, que fundaram Roma. As mulheres sempre foram conectadas com os lobos por causa da sua natureza selvagem e instintiva. No entanto, na cultura ocidental, as mulheres são socializadas para serem "domesticadas" e "civilizadas". Isso significa que elas aprendem a represar sua verdadeira natureza para se adaptarem à sociedade. Como resultado, muitas mulheres hoje em dia se sentem presas em um corpo estranho - um corpo que não é naturalmente delas. Neste artigo, vamos analisar o livro "Mulheres que Correm com os Lobos" de Clarissa Pinkola Estés. Este livro é considerado por muitos como um guia para as mulheres redescobrirem sua essência feminina selvagem e instintiva.
Introdução ao livro
O livro "Mulheres que Correm com os Lobos" é um guia para as mulheres modernas. Ele foi escrito pela Dr. Clarissa Pinkola Estés, psicanalista junguiana, doutora em psicologia etnoclínica e autora desse livro. Este livro é baseado em mitos, lendas e contos populares que falam sobre as mulheres. Ele aborda temas como a sexualidade feminina, o poder feminino e a criatividade. Ele também ensina às mulheres como se conectarem com sua natureza selvagem e usar seus instintos para viver de forma plena e satisfatória. Este livro é um presente precioso para todas as mulheres, pois nos mostra o verdadeiro potencial que temos dentro de nós mesmas.
O que o livro ensina sobre as mulheres?
O livro fala sobre o arquétipo da mulher selvagem e como elas podem ser uma inspiração para as mulheres modernas. Estés acredita que as mulheres modernas estão perdendo a conexão com a sua natureza selvagem e, como resultado, estão lutando em várias áreas de suas vidas. Ela acredita que as mulheres precisam recuperar essa conexão para serem plenamente realizadas. O livro começa falando sobre o mito da mulher selvagem e como ele é relevante para as mulheres modernas. Ele também fala sobre os diferentes aspectos da natureza selvagem das mulheres e como elas podem usar esses aspectos para melhorar suas vidas. Por exemplo, Estés acredita que as mulheres devem abraçar a sua força, coragem e independência. Ela acredita que as mulheres também precisam aprender a lidar com o medo e a incerteza, pois são parte da natureza humana. Além disso, o livro também ajuda as leitoras a desenvolverem uma relação mais saudável consigo mesmas e à natureza selvagem dentro delas.
Por que corremos com os lobos?
Ao longo da história, as mulheres foram comparadas a lobos em muitas maneiras diferentes. Os lobos são caçadores solitários e selvagens, mas também são leais e protetores da família. Assim como os lobos, as mulheres são fortes e capazes de cuidar de si mesmas. No entanto, à medida que o mundo moderno evoluiu, as mulheres perderam muitas das suas características selvagens. Com o livro "Mulheres que Correm com os Lobos", a autora Clarissa Pinkola Estés pretende trazer essas qualidades de volta às mulheres modernas. Ela acredita que as mulheres precisam recuperar o seu lado selvagem para viverem uma vida plena e realizada. Para isso, ela apresenta um guia detalhado para as mulheres redescobrirem a sua natureza instintiva. O livro aborda diversos temas, desde a sexualidade feminina até a criatividade e o poder curativo da natureza. Além disso, a autora também oferece um olhar profundo sobre o psicológico feminino e explica como ele pode ser usado para enfrentar os desafios da vida moderna. "Mulheres que Correm com os Lobos" é um livro indispensável para todas as mulheres que buscam encontrar um equilíbrio entre a sua natureza selvagem e a vida moderna. A autora consegue unir sabedoria antiga e conhecimento contemporâneo de uma forma fluida e inspiradora. Se você está procurando por um guia para uma jornada interna, este livro certamente irá te auxiliar nessa tarefa.
Qual é o nosso lugar no mundo?
Nós, mulheres, somos guerreiras. Temos o instinto de lutar e de proteger o que é nosso. Mas às vezes esquecemos qual é o nosso lugar no mundo. Somos fortes, mas também frágeis. Precisamos lembrar que somos seres humanos e que não podemos fazer tudo sozinhas. O livro "Mulheres que Correm com os Lobos" é um guia para as mulheres modernas. Ele nos ajuda a entender qual é o nosso lugar no mundo e como podemos encontrar a nossa verdadeira essência. Este livro foi escrito por Clarissa Pinkola Estés, uma mulher cheia de sabedoria e experiência. Ela usa histórias antigas para nos ensinar lições importantes sobre a vida e sobre nós mesmas. Ao lermos este livro, aprendemos a olhar para dentro de nós mesmas e descobrir quem realmente somos.
Refletindo com o livro:
Escolha sua frase preferida e leve a lição dela contigo!
"Defender apenas um tipo de beleza é de certo modo não observar a natureza."
A natureza é extremamente diversa e, por isso, é impossível defender apenas um tipo de beleza. Há beleza em todos os lugares - desde as cores vivas da floresta até o azul do céu. É preciso abrir os olhos para ver a beleza ao nosso redor e não ficar preso a uma única definição de "beleza".
"As histórias de revelação nos permitem vislumbrar suas estruturas curativas ocultas e seu significado mais profundo, em vez de apenas seu conteúdo óbvio."
Os relatos nos ajudam a entender as verdadeiras intenções por trás das palavras e ações, para além do que é superficialmente aparente. Isso pode nos permitir ver o potencial terapêutico dessas histórias e como elas podem nos ajudar a lidar com nossos próprios problemas.
"O amor na sua forma mais plena é uma série de mortes e renascimentos. Deixamos ir uma fase, um aspecto do amor, e entramos em outra."
O primeiro tipo de morte é a morte do ego. Deixamos morrer o nosso egocentrismo, o nosso narcisismo, as nossas expectativas ilusórias sobre o que o amor tem de nos dar. Aprendemos a despir-nos das nossas máscaras e a mostrar-nos como realmente somos. Aprendemos a abrir-nos àquilo que é novo e incerto, sem ter medo da dor nem da rejeição.
A segunda morte é a morte do julgamento. Julgamos menos os outros - e também a nós próprias. Aprendemos a perdoar as falhas dos outros - e as nossas próprias falhas. Começamos a ver além das aparentes imperfeições para descobrir o que há de bonito na essência da pessoa que amamos.
A terceira morte é aquela em que morrem os limites do egoísmo. Aprendemos a pensar no bem-estar do outro antes do nosso próprio bem-estar, mesmo quando isso significa sacrificar algo pelo qual ansiamos intensamente. Damos mais importância às pequenas coisas - um gesto atento, uma palavra bondosa - porque sabemos que são estes momentos especiais também passam.
"Os lobos saudáveis e as mulheres saudáveis têm certas características psíquicas em comum: percepção aguçada, espírito brincalhão e uma elevada capacidade para a devoção."
Os lobos são extremamente receptivos ao ambiente à sua volta, o que lhes permite ter uma compreensão mais profunda do mundo. Eles também tendem a ser bastante brincalhões, apreciando atividades físicas e mentais estimulantes. Por último, mas não menos importante, os lobos demonstram um enorme grau de lealdade e comprometimento quando se trata de relacionamentos - sejam com outros lobos ou com humanos. As mulheres saudáveis também costumam possuir essas mesmas qualidades psicológicas. Elas são altamente perceptivas, capazes de notar detalhes que muitas vezes passam despercebidos pelos outros. Também gostam de se divertir e experimentar coisas novas - especialmente quando isso significa desafiar-se mentalmente ou fisicamente. Por fim, as mulheres costumam ser extremamente leais às pessoas que amam e estão dispostas a dar tudo de si para manter esses relacionamentos fortes e duradouros.
"Se você tem uma cicatriz profunda, ela é uma porta; se você tem uma história muito antiga, ela é uma porta. Se você gosta do céu e da água tanto que mal consegue aguentar, isso é uma porta. Se você anseia por uma vida mais profunda, mais plena, por uma vida sã, isso é uma porta."
Existem algumas pessoas que carregam cicatrizes profundas. Elas são como portais para o seu passado. Se você olhar para a sua história, vai ver que ela é repleta de eventos dolorosos e traumáticos. As cicatrizes são um lembrete constante de tudo o que você já sofreu. Às vezes, essas feridas podem ser físicas, mas muitas vezes elas são emocionais. Aqueles que têm uma história muito antiga costumam ter muitos problemas emocionais.
As cicatrizes nos lembram do que já passamos e do quanto somos fortes por termos sobrevivido a tudo isso. Elas nos mostram que somos capazes de superar qualquer coisa, porque já superamos muita coisa na vida. As cicatrizes são um símbolo da nossa força e da nossa resiliência diante das adversidades da vida.
"Nossa tarefa reside em captar a situação temporal de cada um: permitir a morte àquilo que deve morrer, e a vida ao que deve viver."
Isto significa ter discernimento suficiente para saber quando é hora de preservar algo e quando é hora de deixá-lo ir. Às vezes, precisamos ser fortes o suficiente para lidar com a morte, aceitando-a como parte da vida. Outras vezes, temos que ser corajosos o bastante para dar nova vida às coisas, mesmo quando elas parecem estar perdidas. Em ambos os casos, trata-se de entender as necessidades do momento e responder adequadamente.
"Se uma mulher conseguir manter esse dom de ser velha quando jovem e jovem quando velha, ela sempre saberá o que vem depois. Se ela tiver perdido esse dom, ainda poderá recuperá-lo com algum exercício psíquico deliberado."
Por exemplo, uma mulher velha pode se concentrar em suas lembranças de juventude e relembrar como era ser jovem. Ou, ela pode imaginar como será quando envelhecer mais e mais, e tentar compreender as experiências que terá nessa fase da vida. Esses exercícios psíquicos podem ajudar a mulher a manter o dom de ser velha quando jovem e jovem quando velha.
"As pessoas fazem meditação para conseguir um equilíbrio psíquico. É por isso que se faz psicoterapia e análise. É para isso que os seres humanos analisam seus sonhos e criam arte."
A meditação ajuda as pessoas a relaxarem e acessarem seus estados mais conscientes. Quando se está em um estado de consciência elevada, é possível ter uma percepção maior da realidade e das coisas à nossa volta.
A psicoterapia é uma forma de tratamento que visa ajudar as pessoas a lidarem com problemas emocionais e mentais. A análise é um processo pelo qual as pessoas examinam suas experiências, sentimentos e pensamentos para compreenderem melhor a si mesmas e o mundo ao seu redor. A arte é um meio de expressão criativa que permite às pessoas expressarem sua visão do mundo de maneiras não verbais.
"Num único ser humano existem muitos outros seres, todos com seus próprios valores, motivos e projetos."
Essa diversidade interna faz com que cada um de nós seja especial e único. Nossos valores são as coisas que acreditamos ser importantes na vida. Eles guiam as escolhas que fazemos e nos ajudam a determinar o tipo de pessoa que queremos ser. Motivações são o que nos move para a frente, nos dando energia para perseguir nossos objetivos. E os objetivos são as metas que estabelecemos para nós mesmos, sejam elas profissionais, pessoais ou espirituais. Todos esses elementos internos se combinam para formar o ser humano complexo e multifacetado que somos. É por isso que somos capazes de realizar grandes feitos e alcançar alturas inimagináveis.
"Uma alma faminta pode ficar tão cheia de dor que a pessoa não consegue suportar mais."
A sensação é como se o corpo estivesse sendo consumido por uma força invisível, que suga toda a energia e deixa apenas um vazio desesperador. Às vezes, a pessoa sente que a dor é tão intensa que ela não consegue mais pensar claramente, e só quer gritar para o mundo inteiro parar.
"Existe a hora de estremecer e correr, e existe a hora de não agir assim."
Às vezes, o medo é uma resposta natural e saudável diante de um perigo real; outras vezes, o medo pode nos impedir de enfrentar uma situação desafiadora ou de seguir adiante com algo importante. É importante saber diferenciar os dois tipos de situações, para que possamos reagir da maneira mais adequada.
"Sermos nós mesmos faz com que acabemos excluídos pelos outros. No entanto, fazer o que os outros querem nos exila de nós mesmos."
Todos nós temos uma ideia de como queremos ser vistos e aceitos pelo mundo, e quando as coisas não acontecem do jeito que esperamos, isso pode nos afastar dos outros. No entanto, às vezes fazer o que os outros querem é o que nos impede de sermos verdadeiramente felizes. Se estamos sempre tentando agradar a todos em torno de nós, acabamos exilados de nossas próprias vidas. A verdadeira felicidade vem quando aprendemos a equilibrar esses dois aspectos da vida - ser verdadeiro para nós mesmos e aberto para os outros. Agindo assim encontraremos um lugar onde possamos compartilhar a autenticidade das duas formas de existir .
"Histórias… podem ensinar, corrigir erros, iluminar o coração, oferecer um abrigo psicológico, promover mudanças e curar feridas."
Elas são um guia precioso que nos ajuda a compreender o mundo e as pessoas que nele habitam. Podem mostrar-nos como enfrentar os desafios da vida e superá-los com sucesso. São uma fonte de inspiração que nos motiva a seguir em frente quando tudo parece perdido. As histórias são um tesouro inestimável para todos nós, pois permitem que exploremos os mais diversos aspectos da humanidade e do universo. São uma janela para o conhecimento infinito. Podem despertar em nós sentimentos de compaixão, esperança e amor. Ajudam-nos a crescer como seres humanos e tornamo-nos melhores na medida em que partilhamos as lições aprendidas com aqueles à nossa volta.
"Em vez de tentar “fazer com que o momento mágico dure”, nós simplesmente o vivemos…"
Da mesma forma que a vida é cheia de altos e baixos, os momentos mágicos são passageiros. A beleza deles está em sua transitoriedade - eles nos lembram que a vida é curta e precisa ser aproveitada. Vivendo-os intensamente em vez de tentar impedi-los de terminar, podemos desfrutar plenamente da magia do presente.
“Ser forte não significa exercitar os músculos. Significa encontrar seu próprio brilho sem fugir, vivendo ativamente com a natureza selvagem de uma maneira própria. Significa ser capaz de aprender, ser capaz de defender o que sabemos. Significa se manter e viver”.
Significa também ter coragem para enfrentar as adversidades da vida, superar os obstáculos e persistir mesmo quando as coisas parecem impossíveis. É preciso ter determinação e perseverança para alcançar seus objetivos, independentemente dos desafios que possam surgir no caminho. Ser forte requer também saber lidar com as emoções. Muitas vezes, precisamos de mais força para controlar os sentimentos do que para levantar peso nas academias. Ter autocontrole e ser capaz de gerenciar as próprias emoções é essencial para manter o equilíbrio mental e físico, além de ser uma das chaves para o sucesso na vida.
“Embora o exílio não seja algo que se deseje por diversão, há um ganho inesperado nele: são muitos os presentes do exílio. Tira a fraqueza a tapas, faz desaparecer as lamúrias, habilita a percepção interna aguda, aumenta a intuição, confere o poder da observação penetrante…”
É uma oportunidade para olhar para dentro e descobrir quem você realmente é, sem as distrações do dia-a-dia. Você pode aprender mais sobre suas paixões, seus desejos e sua essência. Distanciar-se dos outros também lhe dá a chance de estabelecer uma relação mais profunda consigo mesmo, algo que pode ser extremamente gratificante.
“Nosso apetite secreto por sermos amados não é bonito. Nosso desuso e mau uso do amor não é bonito. Nossa falta de lealdade e devoção é pouco amorosa, nosso estado de separação da alma é feio, são verrugas psicológicas, insuficiências e fantasias infantis”.
Essa falta de amor pode nos levar a uma sensação constante de vazio, solidão e tristeza. Pode nos impedir de relacionar-nos com os outros e fazer com que questionemos constantemente o nosso valor. A falta de autoestima também pode causar problemas físicos, como dores crônicas, doenças graves e até mesmo suicídio. É por isso que é tão importante aprender a amar a si mesmo. Quando nos sentimos bem conosco, somos capazes de enfrentar o mundo com confiança e serenidade.
“A melhor terra para semear e fazer crescer algo novo outra vez está no fundo. Nesse sentido, chegar ao fundo do poço, apesar de extremamente doloroso, também é um terreno para semear.”
Para alguns, pode significar atingir o ponto mais baixo emocionalmente, onde se sentem sem esperança e completamente sozinhos. Pode ser um momento de profunda depressão e desespero. Para outros, chegar ao fundo do poço pode significar atingir o ponto mais baixo financeiramente, onde estão lutando para sobreviver. Pode ser um momento de extremas dificuldades econômicas e incertezas quanto ao futuro. No entanto, independentemente de como cada indivíduos define o termo, uma coisa é certa: chegar a esse ponto não é fácil. É preciso enfrentar muitos problemas e obstáculos antes de finalmente alcançá-lo. Mas uma vez que se chega lá, é possível começar a construir uma nova vida - uma vida melhor do que aquela que levava antes.
“Se vivemos como respiramos, prendendo e soltando, não poderemos errar.”
A respiração é natural e automática, mas também pode ser controlada voluntariamente. Assim como a respiração nos mantém vivos, o fluxo de energia em nossas vidas sustenta e alimenta todas as nossas experiências. Por meio da respiração correta, podemos regular o nosso metabolismo, equilibrar o nosso humor e libertar o estresse. Assim como a respiração tem ritmo próprio, todos os fenômenos na natureza acontecem num ritmo certo que respeita as leis universais. Se aprendermos a seguir esse ritmo natural das coisas, estaremos sempre sincronizados e evitaremos muitos sofrimentos”.
"A loba, a velha, aquela que sabe está dentro de nós. Floresce na mais profunda psique da alma das mulheres, a antiga e vital Mulher Selvagem. Ela descreve seu lar como um lugar no tempo em que o espírito das mulheres e o espírito dos lobos entram em contato. É o ponto em que o Eu e o Você se beijam, o lugar em que as mulheres correm com os lobos (…)”
Ela é a força primordial, instintiva e natural que nos impulsiona para a frente. É o nosso guia quando estamos perdidas e o nosso porto seguro quando as tempestades da vida ameaçam nossa segurança. A loba simboliza a sabedoria feminina ancestral e o poder criativo do feminino. Ela habita em todas as mulheres, desde as mais jovens até às mais velhas. A sua presença é uma lembrança de que somos seres selvagens por natureza, capazes de superar qualquer obstáculo na busca da nossa realização pessoal. A loba é um símbolo da liberdade e da independência feminina. Ela representa o nosso lado selvagem e incontrolável, mas também a nossa capacidade de cooperar com os outros quando necessário. É um lembrete de que somos fortes e capazes de enfrentar qualquer desafio na vida – basta permitir-nos ser guiadas pelo nosso instinto primal.
Conclusão:
Mulheres que correm com os lobos é um livro sensacional que nos explica, através da Clarissa Pinkola Estés, o poder que habita dentro de cada mulher. A autora fala sobre a força e a sabedoria das mulheres, e como elas podem usar esses atributos para serem mais felizes e realizadas. Este livro é uma verdadeira inspiração para todas as mulheres, pois mostra que somos capazes de muito mais do que imaginamos. Mulheres que correm com os lobos é um livro espetacular. A autora, usa a metáfora do lobo para explorar a natureza feminina e o seu poder interior. O livro nos leva numa viagem às profundezas da psique feminina, onde podemos descobrir a verdadeira essência das mulheres. Ao longo do livro, a autora apresenta-nos vários contos e histórias tradicionais que falam sobre as mulheres e os seus poderes. Estes contos são intercalados com reflexões pessoais da autora sobre o tema. Ao lermos este livro, ficamos a conhecer melhor as nossas próprias forças internas e aprendemos também a valorizar as nossas qualidades femininas.
Aprendi com o livro que: "Nossos estados de espírito variam ao longo do tempo, assim como as estações do ano, e isso é normal. Não há nada errado em sentir-se diferente em diferentes fases da vida. Aceitar essa parte natural da feminilidade é o primeiro passo para uma maior compreensão de si mesma. Experimentamos diferentes ciclos e estações ao longo da vida, o que nos torna únicas e especiais. Cada uma tem seus próprios desafios e lutas para enfrentar, mas isso faz parte da beleza da existência feminina. É preciso compreender e respeitar nossos processos internos para poder realmente apreciar a magnificência de quem realmente somos."
A virada de chave do livro foi o que aprendi durante minha recuperação da codependência emocional: Muitos problemas não têm soluções mágicas ou finais felizes. Enfrentamos batalhas dolorosas e lutamos contra demônios internos. No entanto, continuamos a lutar porque temos esperança na humanidade e nas histórias que nos ligam uns aos outros. Acreditamos que a bondade triunfará sobre a maldade e que o amor é mais forte do que qualquer coisa no mundo. É por isso que as histórias são importantes para nós - elas nos inspiram a seguir em frente quando tudo parece perdido. Elas nos lembram da beleza do mundo e da capacidade de cada um de superar desafios enormes.
Depois de passar por uma situação difícil, podemos nos sentir derrotados e acreditar que nunca mais será possível recuperar o controle da nossa vida. Mas é importante lembrar que haverá outros episódios em nossas vidas - alguns bons e outros nem tanto. É a natureza do ciclo da vida. Não podemos permitir que um único evento negativo determine o rumo da nossa existência. Temos de continuar lutando e buscando melhorias, pois sabemos que mais experiências virão pela frente.
Tudo na vida é uma experiência, e os fracassos são apenas parte do processo de aprendizagem. A chave é não se fixar nos erros e se concentrar no que você pode fazer para melhorar. Se você continuar trabalhando duro, eventualmente terá sucesso. Apenas aprenda com ele e siga em frente. Lembre-se, nem sempre é possível ter sucesso na primeira tentativa. Às vezes, é preciso perseverar para conquistar o que se deseja. Portanto, não deixe que um revés te derrube; levante-se e lute por aquilo que realmente quer!
Artigo escrito pela Psicanalista Flora Dominguez

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