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Quem me roubou de mim?

Atualizado: 21 de out. de 2023

Quem me roubou de mim? Um livro maravilhoso e libertador do Padre Fábio de Melo que nos leva ao autoconhecimento. Tive acesso a esse livro no pior momento de minha vida. Eu estava no fundo do poço e sentia que tinha perdido tudo o que era importante para mim. Foi nesse momento que encontrei este livro, e ele foi como uma luz no fim do túnel para mim. Ele me mostrou que eu não tinha perdido nada, na verdade, eu tinha ganhado a oportunidade de me conhecer melhor e de me libertar daquilo que me prendia. Foi libertador ler cada página deste livro e super recomendo! Nesse artigo, vamos fazer um tour pelas frases do livro e como elas me ensinaram. Cada uma dessas frases contém muita sabedoria e pelo menos uma lição que pode nos ajudar a melhorar nossa vida.


Sobre o livro


Nós somos muitas coisas. Somos o que fazemos, como vivemos e quem nos rodeia. Mas às vezes, pode ser difícil saber exatamente quem somos. É aí que este livro entra em cena. Ele fala sobre nossa identidade - quem somos e quem não somos.

Nossa identidade é formada por vários elementos. Temos nossa história pessoal, nossas experiências, o meio ambiente em que vivemos, as relações que temos e muito mais. Tudo isso compõe nosso eu. Às vezes, passamos por situações e relacionamentos que nos roubam parte da nossa liberdade. São os relacionamentos tóxicos, aqueles que aos poucos vão tirando a nossa energia e nos deixando cada vez mais dependentes. É importante termos consciência desses laços para podermos cortá-los e recuperar a nossa liberdade.


Em Quem me roubou de mim?" Padre Fábio de Melo aborda uma violência sutil que aflige muitas pessoas: o sequestro da subjetividade. Ao longo da vida, somos bombardeados com mensagens que nos dizem como devemos ser, pensar e agir. Esses mensagens vêm de nossa família, relacionamentos, amigos, colegas de trabalho, religião e da mídia. Muitas vezes acabamos internalizando esses padrões e esquecemos qual é a nossa verdadeira essência. Passamos a viver uma vida que não é realmente a nossa, mas sim aquela que os outros esperam que levemos. Isso causa um profundo sentimento de incompletude e frustração. É importante termos consciência desses padrões impostos porque só assim poderemos romper com eles e recuperar a autenticidade de nossa existência.


Nas palavras do próprio autor, "um vínculo que mina nossa capacidade de ser quem somos, de pensar por nós mesmos, de exercer nossa autonomia, de tomar decisões e exercer nossa liberdade de escolha".

Padre Fábio de Melo afirma que este vínculo é perigoso porque impede as pessoas de serem verdadeiramente elas mesmas e pensarem por si próprias. Ele também destaca que esta situação limita a liberdade das pessoas de escolher o que fazer com suas vidas.


Quantos relacionamentos nós temos - sejam eles com amigos, namorados ou parentes - que nos levam ao sequestro da subjetividade? Isso significa que permitimos que outras pessoas direcionem nossas vidas. E isso é uma má notícia! Afinal, deixar outra pessoa controlar sua vida é como dizer "Ei, eu não sou capaz de fazer isso sozinha". Claro, às vezes, pedir ajuda é totalmente necessário e vai te ajudar a crescer como indivíduo. Mas quando você permite que outra pessoa decida por você o tempo todo. Bem, isso simplesmente significa que está abdicando da sua própria capacidade de pensar e agir por si mesmo. Este livro é uma incrível fonte de autoconhecimento. Espero que ele possa ser uma luz que te guie na sua jornada.


Frases que me marcaram e o que aprendi com elas:


"Quem está esquecido de quem é" geralmente cai no equívoco de colocar familiares e criminosos no mesmo patamar."

Esse erro significa que essas pessoas não têm um bom senso de identidade e, consequentemente, são incapazes de distinguir entre as pessoas que são importantes para elas e aquelas que não o são. Isso pode levar a situações em que elas tratem seus familiares como inimigos ou até mesmo cometam crimes contra eles.

Por muito tempo fiquei esquecida de quem eu era. Colocava pessoas acima de mim mesma em inúmeras situações, sem perceber que estava me afastando cada vez mais da minha essência. Isso só me fez sofrer mais ainda, pois vivia à procura de algo ou de alguém que nunca viria. Apenas quando parei para olhar para dentro de mim é que consegui enxergar o quanto havia me perdido. Descobri então que a única pessoa capaz de me dar tudo aquilo que eu precisava era eu mesma, e aprendi a valorizar minha própria companhia.



"Sentir medo é um jeito estranho de atribuir autoridade a alguém."

Ao sentirmos medo, automaticamente estamos dizendo que essa pessoa tem o poder de nos machucar ou nos colocar em perigo. Isso é uma forma de reconhecer a força e o poder da outra pessoa, mesmo que seja contra nossa vontade. É como se disséssemos: "Eu te vejo como uma ameaça para mim e tenho medo do que você pode fazer".

Por muito tempo tive muito medo de uma pessoa que tentou me matar. No entanto quando li essa frase virou uma chave na minha cabeça, disse a mim mesma: Aconteça o que acontecer não vou ficar feito um bicho acuado aqui. É isso que ele quer, mas não vou. Não vou permitir que este ataque me destrua por dentro, vou lutar pelo meu direito de viver e ser livre. Vou superar isso e seguir em frente com a minha vida.



"Temer uma realidade ou uma pessoa é o mesmo que lhe entregar o direito de nos assombrar constantemente."

Isso significa que: estamos sempre em estado de alerta, nervosos e ansiosos; perdemos a confiança nas outras pessoas e na vida; ficamos paralisados diante do medo e não conseguimos enfrentar as situações com coragem.

Por muito tempo, fui assombrada por lembranças. Parecia que eu não conseguia escapar do passado. Até que um dia, uma parte de mim berrou dentro da minha cabeça e disse "basta". Todas as pessoas erram. Eu fiz o melhor com o que tinha. Quem quiser me apedrejar, vai ter que me encarar. Não vou mais ser a coitada da história. Cansei de ser tratada como se eu não valesse nada.


"O mais cruel no processo do sequestro da subjetividade é que a vítima, depois de ficar à mercê de seu algoz, acredita que a única saída é entregar-se por completo a ele como se isso fosse sensibilizá-lo. Infelizmente, não é o que acontece, porque o algoz não olha para sua vítima com empatia, mas apenas com a intenção de usá-la para suas próprias finalidades."

Isso significa que ela abdica de sua própria autonomia e submete-se às vontades do outro, criando assim uma relação de dependência emocional. A consequência trágica desse processo é que a pessoa acaba perdendo a si mesma e tornando-se um objeto manipulável nas mãos do sequestrador. A vítima é apenas um objeto para o algoz e não uma pessoa com sentimentos e necessidades próprias.



"A relação, fortemente marcada pela dependência, fortalece ainda mais a entrega e a rendição."

Isso significa que quanto mais você se sentir preso ou obrigado à outra pessoa, mais difícil será libertar-se dessa relação. A dependência cria um laço emocional tóxico que dificulta a dissolução da relação. Essa relação pode levar à angústia, insegurança e até depressão. Quando uma pessoa é dependente de outra, ela não consegue enxergar suas próprias qualidades e se sente incapaz de viver sem a presença da outra pessoa. Isso faz com que a relação seja muito difícil de ser finalizada, pois a dependente fica amarrada ao seu parceiro ou parceira por meio do medo e da insegurança.



“O processo é sempre assim. O sequestrador afasta sua vítima de tudo o que para ela representa segurança. Quanto maior a insegurança, maior será o seu domínio. Sequestradores são especialistas em nos fazer esquecer nossos portos seguros.”

Ela fica isolada e vulnerável, sem ninguém para ajudá-la. O sequestrador controla todos os aspectos da situação, e a vítima depende dele completamente. Isso cria uma dinâmica de poder muito desfavorável para a vítima, que torna muito difícil resistir ou fugir. A insegurança que os sequestradores da subjetividade criam nas pessoas é o que os sustenta e lhes dá poder. Se conseguirmos manter a calma mesmo quando estamos sob pressão, poderemos recuperar o controle da situação.



“Uma coisa é certa: nós sabemos quem somos, mas os outros nos imaginam."

Somos complexos seres humanos, com uma variedade de facetas e experiências que moldam a maneira como pensamos, sentimos e agimos. Apenas porque alguém nos vê de uma determinada maneira, não significa que essa seja a única forma como somos. É importante lembrar isso quando estivermos lidando com as expectativas dos outros. Muitas vezes, essas expectativas podem ser irreais ou baseadas em preconceitos e julgamentos superficiais. Se permitirmos que essas expectativas definam quem somos ou como devemos agir, estaremos limitando a nossa própria individualidade e potencial.


"O nosso medo autoriza o invasor. O não dizer é uma omissão terrível, é uma forma de autorizar o golpe. O outro nos banaliza aos poucos, avança em nossos territórios."

Quando tememos algo, essa energia de medo acaba por chamar a atenção do que tememos. É como se estivéssemos pedindo para que isso exista na nossa vida. É importante termos cuidado com os pensamentos negativos e as palavras que utilizamos, pois elas podem ter um impacto tão grande quanto a realidade. Se continuarmos a alimentar esse medo, ele poderá se transformar em um caminho percorrido por muitas pessoas e tornar-se real. É preciso ficarmos atentos também às pessoas que tentam se beneficiar da nossa vulnerabilidade. Elas podem agir de forma insensível e cruel, tirando proveito da situação para obter ganhos próprios.



"Há pessoas que nos roubam. Há pessoas que nos devolvem"

Isso significa que não devemos permitir que ninguém roube nossa vida ou felicidade. Ninguém deve ser capaz de controlar o que fazemos com a nossa existência e como nos sentimos. É preciso lutar para manter a liberdade e a autonomia em todos os aspectos da vida.


Conclusão:


Eu já tive a minha subjetividade sequestrada por pessoas que nem mesmo por um instante me amaram. Eles tomaram o controle de como eu me sentia, deixando-me completamente sem voz. Senti-me totalmente isolada, sem ninguém para quem pedir ajuda. Foi uma experiência muito dolorosa e traumatizante, que afetou profundamente a minha vida.

Eu estava no fundo do poço quando li esse livro. Nesse lugar, é muito difícil você ter um amigo. Foi um dos piores momentos que vivi e foi onde aprendi grandes lições. Aprendi que preciso ser forte e lutar por aquilo em que acredito. Também aprendi a importância de nunca desistir, mesmo quando as coisas parecem impossíveis.


Quando você tem sua subjetividade sequestrada por alguém, a vida passa a ser um grande martírio. É como se você estivesse preso em uma caixa, sem poder respirar ou se mexer. Você não tem controle sobre nada e tudo o que acontece é determinado pelo outro. É uma sensação de impotência total e de profunda angústia. É claro que essa situação só pode ser tolerada até certo ponto. Depois disso, ela se torna insuportável e você precisa fazer alguma coisa para recuperar sua liberdade. Infelizmente, nem sempre é fácil conseguir isso. Muitas vezes, o outro tem mais poder do que você e consegue impor sua vontade de maneira arbitrária.

Nesse caso, o único jeito de sair dessa situação é lutar para recuperar sua subjetividade. Isso pode ser feito de diversas maneiras, mas o importante é que você não desista nunca. Só assim você terá a chance de voltar a viver com plenitude e liberdade.


Eu via muito os vídeos de Padre Fábio de Melo e tem uma frase que levo para minha vida: "Se queres entrar em minha vida retire as sandálias, pois esse solo é Santo."

Se alguém quiser entrar em sua vida que retire as sandálias. Isso mostra que ela está disposta a respeitar o seu espaço.

É importante lembrar que ninguém merece ser tratado com desrespeito e você não está sozinha/o. Procure ajuda de um profissional especializado se você estiver passando por essa situação.


Artigo escrito pela Psicanalista Flora Dominguez














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©2022 por Flora Dominguez

e Celso Araújo

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